quinta-feira, outubro 11, 2012

MORTES POR AVC CAEM 32% ENTRE PESSOAS COM MAIS DE 70 ANOS

Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2000 e 2010, a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) caiu 32% na faixa etária até os 70 anos, que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, a doença está entre as principais causas de morte e internação no país, segundo o próprio ministério.

Insuficiência de fluxo Sangüineo é a causa do acidenta vascular cerebral.
Só em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária. A Organização Mundial de AVC (WSO) alerta que, no mundo, 15 milhões de pessoas têm op problema a cada ano. Dessas, cerca de 6 milhões não sobrevivem.

Na abertura do 8° Congresso Mundial de AVC, que está sendo realizando em Brasília, o presidente da WSO, Stephen Davis, disse que a doença "pode ser evitada, tratada e pode ser manejada a longo prazo”.

Sinais

O acidente vascular cerebral decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro. Essa falta ou restrição no fornecimento de sangue pode provocar lesão ou morte celular e danos nas funções neurológicas. Além de provocar mortes, o AVC é a principal causa de incapacidade em adultos no mundo.

A WSO recomenda, para saber se uma pessoa está tendo AVC, primeiramente, pedir que a pessoa sorria e que se observe se o sorriso está torto. Em seguida, verificar se ela consegue levantar os dois braços. Outro passo é verificar se há alguma diferença na fala, se está arrastada ou enrolada. Caso seja identificado algum desses sinais, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde.

Novidades em Fortaleza e Porto Alegre

O Brasil participa da campanha mundial de combate ao AVC da WSO — a “6 em 1”. O nome da campanha é uma alusão à estatística que aponta que a cada seis pessoas, uma terá AVC durante a vida. Na abertura do congresso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é fundamental reduzir o tempo entre a percepção dos sintomas e a aplicação dos medicamentos.

— Uma parcela muito pequena que tem sintomas de AVC chega ao serviço especializado antes das quatro horas e meia, período chave para reduzir a mortalidade — disse o ministro.

No evento, Padilha assinou a habilitação que cria dois centros de atendimento de urgência voltados para pacientes com AVC, um em Fortaleza, com 20 leitos, e outro em Porto Alegre, com dez leitos. Até 2014, o Ministério da Saúde deverá investir R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de AVC.

Desse total, cerca de R$ 370 milhões serão utilizados para financiar leitos hospitalares e R$ 96 milhões serão aplicados na oferta de tratamento com uso de Alteplase (enzima que ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos).

Fonte: Jornal Zero Hora e Agência Brasil